SILÊNCIO DE AMOR
Depois de ter passado por maus
bocados ao longo de um tempo
longo demais, tudo indica que
acostumei a conviver com o silêncio...
Nesse comum viver, não existe diálogo com
ninguém a não ser eu com meus pensamentos,
onde faço as ponderações e eu próprio respondo
o que bem entendo.
Foi difícil afazer-se, foi como deixar de respirar
e por consequência, sobressaltos inopinados,
súbitas lágrimas com visões aterrorizantes
e amargas...
Não desejo dizer o quanto paguei por
esse desamor, seu preço foi alto demais,
agora, o meu prêmio foi acostumar a
viver com menos do que sempre precisei...
E o silêncio fala comigo, consola-me nas
noites de frio, leva-me por onde quer,
coloca-me nos braços de outrora
só que não me diz o porquê não fui feliz...