CREIO
Quando a porta se fechou,
deixamos para trás
coisas mal resolvidas,
e, em desespero de causa,
acabamos não desfruindo
das belezas que existiram
em nossas vidas.
Partimos para novas
empreitadas,
com as palavras
ainda presas em
nossas gargantas.
Andamos sem destino,
e, pelo caminho em que estivemos,
sentimos a sensação
da perda,
até enxergarmos
que estavámos, de fato, sozinhos.
Percebemos a divisão
dos nossos mundos,
agora envoltos
pelos açoites da
saudades.
Creio, que estamos nos
escondendo atrás de
uma cortina
que esvoaça na suavidade
da brisa da esperança.
Creio que estamos ensaiando
em libertar essa vontade
que domina nosso ser,
que represa nossa
ânsia em voltar...