CREIO

Quando a porta se fechou,

deixamos para trás

coisas mal resolvidas,

e, em desespero de causa,

acabamos não desfruindo

das belezas que existiram

em nossas vidas.

Partimos para novas

empreitadas,

com as palavras

ainda presas em

nossas gargantas.

Andamos sem destino,

e, pelo caminho em que estivemos,

sentimos a sensação

da perda,

até enxergarmos

que estavámos, de fato, sozinhos.

Percebemos a divisão

dos nossos mundos,

agora envoltos

pelos açoites da

saudades.

Creio, que estamos nos

escondendo atrás de

uma cortina

que esvoaça na suavidade

da brisa da esperança.

Creio que estamos ensaiando

em libertar essa vontade

que domina nosso ser,

que represa nossa

ânsia em voltar...

Wil
Enviado por Wil em 27/04/2006
Código do texto: T146236