O TEMPO DOS DEUSES
A grande mesa
Onde repousa a teia imemorial
Está colocada
Tendo como prato principal
O Amor
Que é partilhado por todos
Aqueles
Que se julguem eternos
Com moral
Lágrimas de quem não viu o principio dos tempos
Mas que virá o seu final
Lágrimas
Cristais impolutos
Que saem dos olhos
De um imortal
E assim bêbados
Pela intemporalidade
Não possuem tempo
(suprema ironia!)
De com jogos
Esconderem a sua interioridade
Pois são eles e elas que regem
O nosso rumo
O nosso destino
São eles que decidiram que o Amor
É a solução para tudo
Silêncios
E istmos
Suprema ilusão
Porque uma alma só o é de todo
Quando sente Amor
Sente paixão
Porque se pode amar
Sem ser amado
Mas não se pode passar pela vida
Sem ter tido um estremecimento da alma
Aquele bater tão próprio do coração
Pois o amor pode ser agrilhoado
Mas o Amor
Existirá Sempre
E ganhará asas
Quando for encontrado…
N’
O Tempo dos Deuses…