O TEMPO DOS DEUSES

A grande mesa

Onde repousa a teia imemorial

Está colocada

Tendo como prato principal

O Amor

Que é partilhado por todos

Aqueles

Que se julguem eternos

Com moral

Lágrimas de quem não viu o principio dos tempos

Mas que virá o seu final

Lágrimas

Cristais impolutos

Que saem dos olhos

De um imortal

E assim bêbados

Pela intemporalidade

Não possuem tempo

(suprema ironia!)

De com jogos

Esconderem a sua interioridade

Pois são eles e elas que regem

O nosso rumo

O nosso destino

São eles que decidiram que o Amor

É a solução para tudo

Silêncios

E istmos

Suprema ilusão

Porque uma alma só o é de todo

Quando sente Amor

Sente paixão

Porque se pode amar

Sem ser amado

Mas não se pode passar pela vida

Sem ter tido um estremecimento da alma

Aquele bater tão próprio do coração

Pois o amor pode ser agrilhoado

Mas o Amor

Existirá Sempre

E ganhará asas

Quando for encontrado…

N’

O Tempo dos Deuses…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 28/02/2009
Código do texto: T1462185
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