Eu sou a Esperança...
Eu sou a Esperança...
Mas não só a Esperança!
Eu sou muitos “eus!”...
Sou a Luz, sou a Sombra,
A Virtude, o Pecado,
A Partida e a Chegada,
A ida e a volta,
Sou o choro e o sorriso,
A noite enluarada,
A noite sofrida,
A dor desta vida,
E a Alegria sonhada...
Eu sou a que canto,
Mas canto mil vozes:
Dos que não sabem cantar,
Dos que vêm relatar
Sua dor, suas mágoas,
A verde estiagem
E o temporal de verão...
Sou viúva... E aquela
Amada pra sempre!...
Para sempre amada...
Amando também!...
Sou a criança inocente,
A mulher sensual,
O Anjo ou Demônio.
- Porque o meu canto
Não é só para mim!...
Eu canto por todas as tristezas possuídas...
Eu canto os momentos de prazer e de Amar...
Eu canto minhas dores misturadas aos risos
De todos aqueles que não sabem cantar...
Eu sou a Esperança
Que suplanta o vento,
Temporal ou bonança,
Pois sabe esperar...
E eu espero
A derradeira ventura
Que me irás ofertar...
Depois...
(Eu e muitas
Que cantam em mim),
Deitarei a cabeça
Na fria mortalha
Sorrindo... É o fim.
- Já que se tem que morrer
Que se morra de Amor!...
Que eu morra, assim,
Da felicidade suprema
E da suprema ventura
De receber-te em mim...
- E eu viverei para sempre em tua lembrança...
E na lembrança de todos
Os que cantaram por mim...
Eu sou a Esperança...
Do Amor que é sem fim!...
................................................................
Cláudia Valéria, esposa do Emanuel Antonio, postando mais um poema de minha sogra e mãe do coração.
Sogrinha, bjs!
Val.