Pecados e afagos
O silêncio ruge no teu peito
e o meu, quase surdo, tudo ouve, ouve tudo.
Teus olhos são minhas trilhas
e por eles chegam às tuas virilhas
e subo e chego ao teu céu.
Minha mão é alçapão ousado
que te detém e que te alça
como um forte guindaste afrodisíaco.
Barulham-me agora desejos tantos
que te amar é como um pranto
chorado após farta alegria.
Entrego-te meu corpo ávido
e se o que fazemos for pecado,
quero morrer condenado por esses desejos.