____________Papiro.
Cresce o papiro nas águas desse rio
Que enche minhas lágrimas, chorado desvario
Tiveste tudo e não quiseste nada, nem uma prece...
Lamurias-te na perdição do que negaste
Sofres agora numa utópica saudade.
Como sentir na derme o que não provaste de todo?
Minha entrega no teu calor foi galopante estorvo
Consumiste teu ardor no meu luxuriante gozo...
Seguiste adiante sem um som sequer, perante meu afônico pedido ansioso.
Derramas então agora o verter da tua culpa
Inundas meu olhar em cristais lágrimas, que de feridas abunda...
Arrependido? Não o sei, não o creio...
Tenho em mim uma incerteza
Adentrarás em mim de novo?
Permitirei cega diante tua fictícia singeleza...
E no contínuo crescer do papiro nas águas do meu choro
Sigo-te amando como se fosses meu ditoso tesouro.
KARINNA
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Karinna
Enviado por Karinna em 24/02/2009
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