As razões do Amor
Feito tudo o que pode ser feito,
Dito tudo o que pode ser dito,
Só me resta acalmar o meu peito
E romper de uma vez com este mito
De não ter feito tudo direito...
Ou pensar que faltou-me um quesito.
Pois o amor tem o seu próprio jeito
Que ignora qualquer peito aflito,
Que suplanta a euforia do leito.
Não se importa se há paz ou conflito,
Nem aceita lhe imponham o respeito
A qualquer regra, acordo ou escrito.
Ele vai, simplesmente, e decide
Por seu próprio seguir, sem licença...
Onde quer se instalar, lá reside,
Quando quer se mudar, te dispensa.
Não se guia pelo que te agride
Nem se importa com a tua descrença!
Só te resta seguir na tua lide
Sem buscar algo que te convença
Do que trás... Um sentido? Um revide?
Não te enganes: o amor nunca pensa
Se o querer que tu tens não coincide
Com castigos, ou com recompensa!
Não te iludas tentando entender
As razões que a Razão não conhece!
Segue apenas... E vive! Em resumo:
O amor vai nascer, vai morrer...
(Pois tem seu próprio ritmo e rumo!)
Apesar do teu zelo ou tua prece!
Obras publicadas: www.lojasingular.com.br