TREMENDO DE AMOR...
Encostei-me à sua janela, não lhe encontrei...
Noites custam a passar quando não lhe vejo.
Não ouvi respostas quando chamei por ti...
Fui até a lua,
Era quase um verão...
Chamei-lhe novamente...
Procurei-lhe atrás dos livros,
Dos poemas tão queridos.
Fiquei do seu lado algumas horas,
Tantas horas...
Todas as noites, quando a cidade adormece,
Me acordo por ser silenciosa de mais.
E vou buscar pedaços do que fomos, do que lemos e trocamos.
Acaricio seus cabelos entre os meus dedos
E beijo sua testa sem fim.
Deixo-me cair sobre os seus braços
Para que me leves contigo...
Só nós dois,
De mãos dadas,
E tremendo de amor.