PURO SILÊNCIO
PURO SILÊNCIO
Paulo Gondim
22/02/2009
No exílio da alma a que me impus
Lembro de você, como lenitivo para minha dor
O teto fosco e a luz pálida me acompanham
O que me faz ainda mais só
Os dias são longos, as noites infindas
Sem o carinho do seu beijo
E vejo fugir todo o desejo
Como se não houvesse vida
Só a árvore, fora da janela, se mexe.
Dentro do quarto, tudo é imóvel
Somente seu vulto me vem à mente
Na confusão de meus pensamentos
E assim são meus dias. Puro silêncio.
Que certamente será quebrado
Quando a porta se abrir, o sol surgir
E com ele, seu abraço terno
Seu beijo quente, seu sorriso doce
Que me fazem feliz