Tinteiro e giz....
Rendido aos apelos que a saudade insiste em fazer,
Meus beijos só almejam outra vez sentir teu gosto,
Por mais que isso seja dificil e doloroso só aumenta.
Procuro por teus sinais no intuito de me preencher,
Ancorando meu ser no porto do teu lindo rosto.
E a dor que me assola, repetidamente me enfrenta.
Com certeza com palavras não se pode a dor saciar,
Mas amargura? Não reflete em nada o que eu senti.
Porém com minhas palavras já não sei como explicar.
Saudade explica ao menos um pouco do que escrevi,
E o meu amor definitivamente, não monopoliza meu dom
Mas quando escrevo pra ti, sempre sei que será bom.
Nem sempre estou a cumprir aquilo que a poesia diz,
E meus versos não elevam só os sentimentos nobres.
Mas veja tenho em minhas mãos, um tinteiro e um giz;
Com o giz eu escrevo os deboches e as odes pobres;
Com o outro eu revelo o imenso universo dentro mim,
Esperando que você o veja como é do principio ao fim...