AMOR, SIMPLESMENTE APETECEU-ME FALAR DE AMOR…
Objecto concreto no papel
Mas indefinido
Na razão
Na equidistância latente
Ou por demais fingida
Porque te quero
Ou queria
Comigo
Amor, simplesmente apeteceu-me falar de Amor…
Não que seja muito versado nele
Apesar de o viver
E de o teu vivido
É algo que nunca conseguirei exprimir na perfeição
Nos meus defeitos infinitos de dislexia
Quer verbal
Quer oral
Quer táctil
Quer sensorial
Sabendo Tu isso
Apresentas-te perante mim
Pronta para Tudo
Para das minhas trevas me defenderes
Mas afastas-te
Quando reparas
Que tal é um adversário
Que julgas
Nunca poderes
E talvez
Não quereres vencer
E assim
E mesmo assim
Eu te amo
Consecutivamente
Nesta
E em mais vidas
Amar-te-ei para sempre
Pois apesar de o estranhar
O Amor
É a minha Lei Suprema
Perante uma existência tantas vezes inóspita
A minha mais valia…
Amor, simplesmente apeteceu-me falar de Amor…