ECOS SUBLIMINARES…
O meu Amor
Há-de atingir o teu radar
Sem dares por isso
Sob a forma de
Ecos subliminares…
E quando a noite por fim chegou
A espera acabou
Saindo da galeria sensitiva
Onde me tinha escondido para respirar
De onde escapei
Sem eu mesmo dar por isso
Para mergulhar nos teus braços
Para estar contigo
Ouvindo lá fora o piar de um mocho
E não o canto da cotovia
Pois o nosso Amor devia ser vivido de noite
E nunca de dia
Pois de dia
Tenho essa incapacidade gritante
De não me conseguir exprimir
Sendo os caminhos do teu corpo
E a via da tua alma
Por onde devia seguir
Resgatando palavras
Mas sobretudo gestos
Gestos de imenso afecto
À caixa de Pandora
Em que transformei o meu ser
Sendo que depois aberta
Mistérios novos
E novas realidades
Iríamos aprender
Porque Tu e Eu
Vamos estar no mesmo lugar
Decifrando os meus
Ecos subliminares…