A morte do poeta!

Agonizante e lenta,
a morte deste poeta,
se apressa quando teus olhos entristecem,
quando a sua voz se cala!
A poesia que percebia,
em cada instante de minha vida,
não são percebidas,
pelos meus olhos embaçados,
por tantas lágrimas insistentes!
A percepção de meus sentidos
enfim assim comprometida,
não falam de alegrias,
não veem belezas de flores,
são mais ecos de dores,
que me assolam o peito e a alma,
quando me negas o olhar...
Quando me viras o rosto,
quando não me encaras!
Agonizo lentamente,
ante seus murmurios inaudiveis...
Ante teus atos inseguros, titubeantes,
atos que me dizem:
Estas ante mim, mas ausente!
Tens medos inconfessos,
um universo de medos...
O que é de meus abraços,
o que é de meus beijos?
Que nem te trazem alento!
O que é de meu amor,
que não lança luz sobre teus pesadelos?
O que é de minha presença,
que sentes distância e desalento?
Senão a morte lenta e agonizante do poeta!
Que não consegue tecer e nem viver
o amor, em nossas vidas,
outrora poesia em nossas histórias,
que faziamos real e uma sensação benfazeja,
puro extase e alegria! 

São Paulo 25/04/2006
Edvaldo Rosa

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