Colisão

   Na colisão dos sonhos nossos
   Ficou-me nas mãos abertas:
   Profundo júbilo  entre os destroços
   E fulgor d'estrelas na noite desperta

   Da colisão dos nossos corpos
   Restou-me nos braços, um abismo...
   Ao irromper dos sentidos mortos
   Trouxe ele sem nenhum casuismo 
   Inocente manhã que hoje porto...

  Na colisão desse nosso desejo
  Nasceu-me nos olhos qual um filho,
 O amor! Ao nascer do sol batizei-o: Idilio!