ENTRE MEUS AIS

O teu desejo na madrugada
vem/vaga/passeia-me na pele.
O meu desejo cresce ... avulta.
Ele chega. Cala-me. Abala-me.
Forte. Aberto. Feito vento norte.


O sono se vai entre meus ais.
Eu desperto. O corpo exulta.

Nas dobras claras do lençol,
tu me descobres - desdobras,
e não há
, em mim, sobras
(visíveis ... e nem ocultas)
neste festim de frete e gala.


Coberto de orvalho cor de opalas,
meu corpo molhado arremete
na beleza deste "ainda" ...
E depois desce... adormece,
na festa que, por fim, finda.

Silvia Regina Costa Lima
20 de fevereiro de 2009




SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 21/02/2009
Reeditado em 26/07/2011
Código do texto: T1451428
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