Com a poesia partilho segredos, solto sentimentos e me entrego.
Não penso, apenas sinto.
Queria ser poeta, arremedo tênue... para transformar o vislumbre em consistente castelo.
Mas qual! Perdida em sensações perco o começo, recomeço, tropeço no final.
Insisto, desisto e traço mil rascunhos.

Minha poesia respira a inspiração. Cria vida e é independente.
Todos meus esforços soam risíveis.
Ela brinca comigo e sinto-me uma criança catando conchas, formando desenhos e caminhos na areia.
Uma menina molhando os pés na água gelada, traçando a linha do horizonte e sonhando com além mar.

Então deixo que ela diga para que veio
Por mais arrebatadora, puxo as rédeas e insisto em não ser mera espectadora.  
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Quero ser cúmplice e sou  apenas a mão que transcreve. Não é justo!
Ela é dona absoluta e traz o dom de transformar o comum em puro êxtase.
Versos e prosas.
Sons e imagens.          

Desperta emoções no deserto, aviva cores mortas, busca  o som no vazio e faz sorrir quem já perdeu a esperança. Fala aos atormentados, sussurra o que esperamos ouvir a vida inteira...
E abriga a existência no coração dos artistas, sonhadores, amantes, gentis e sensíveis criaturas.
Gente que caminha pela vida e enxerga a beleza na mágica formada pelas palavras.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 19/02/2009
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T1446799
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