Um Amor de Ostra.
Meu amor entra em crise
Todo começo de mês
Some desaparece,
Se esconde em sua casa âmbar.
Um verdadeiro ostrinho.
Depois vem surgindo de mansinho
Esquisitinho,
Como quem não quer nada
Dá um sorrisinho, diz um alô.
E a vida segue seu caminho
E o ciclo se repete.
E eu?
Eu não digo nada
Já me acostumei
Com esta vida parada e
Este amor que é um
Tiquim de nada.
Que posso fazer
Se ele é uma ostra
E a pérola que carrega
Prendeu-me de vez em
Seu brilho de luz e sonho?