Donzela

linda e bela

moça, donzela

mergulhou em meu peito

lá... bem dentro de mim

desabotoou meu coração

sem pedir licença... assim...

como se a casa fosse dela.

entrou... bagunçou... e sorrateira partiu

não deixou prantos, nem sequer um sorriso

apunhalou-me de modo inescrupuloso e preciso

lânguido, entreguei-me a este amor vil

linda e bela

deusa da mazela

arrebatou de min’alma

a doce e pura inocência

lancinou o meu ser com sua lascívia

ignorando a minha inteligência

como se ela, a domadora, e eu a fera.

Sérgio Murilo
Enviado por Sérgio Murilo em 18/02/2009
Reeditado em 06/08/2020
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