Teu ultimo poema

Quando penso no que foi - passado -

Com toda a duplicidade que há nesta palavra

Tento em vão entender onde perdeu-se

Ou então, por que foi que apenas morreu

Toda a magia , uma luz que virou nada.

Eu sei, nada é pouco pra dizer,

Afinal o que restou , é pra valer

Mas não é tudo o que precisa a minha alma

Uma amizade sim, irá prevalecer

mas serei só eu, na luz do amanhecer

Eu e o poema, te esperando na alvorada

Recolho agora os já antigos escritos

E escondo de mim mesmo nalgum lugar

Assim como escondo no infinito

A beleza que um dia foi te amar

"Um dia" digo, por que já nem sei quando

Você sem dizer nada me pediu

Pra deixar esses afagos, que nem tanto

Quanto uma luz inapagada, nos surgiu

Será que findo o baile desta vida

Verei-te noutro tempo , não passado

Talvez em outra era, outros ares

Terei-te enamorada, ao meu lado

A morte não é exílio, nem castigo

Se fosse verdadeira essa miragem

Quisera eu o vento do teu corpo,

Mas nem depois de morto, terei aragem

Despir-me de desejos talvez seja,

A cruel e singular verdade restante

Nâo digo pois amiga que não a quero

Ms, que hoje te espero, mais que antes

Por fim, pra não mais ser o teu poeta

Que apenas sabe dos amores seus cantar

Serei então um vaporoso atleta

Que almas e destinos vem enfrentar

Esconda-me então nos teus delírios

Nos sonhos impossíveis de tua alma

Serei a voz que ecoa na brisa doce

Farei no teu torpor, a tua calma

Me pouse nos teus lábios de menina

Serei uma partícula de emoção

Aquele pensamento que alucina

Poeta vil, jazendo em teu coração.

Moisés Lopes
Enviado por Moisés Lopes em 18/02/2009
Código do texto: T1445273
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