PAULISTA
PAULISTA
manhã brinca de sol
minha sombra de sal
no leito suores em som
exalam sabor da noite
fêmea concha lasciva
sobre rochedo descansa
no edifício da paulista
paredes, peles em batom
fechada plena, cativa
saciada da areia dos mares
nas mãos másculas, rudes
do construtor,veneno açoite
eterno amor, andaime
cavalga, revigora, mela coração
arranha de tempos em tempos
almas arfam em lustres
tesão, paixão e ousadia
andar por andar edifica
meu pedreiro do norte
sempre salino norte
e a própria sorte
elevo, subo
topo
recosto na janela
já uma saudade
manhãs brilham
Brincam
de sol e sombra
cataclismas
corpo desliza
no salitre da pele fina
asfalto
no lábio em batom
da cidade
cintia thome
2009