ENTRE O JUÍZO E A PAIXÃO
Mais uma vez estamos nós a prometer que dessa vez é pra valer o fim;
Atribuindo ao que for bom um rótulo ruim, como estratégia inovadora;
Pois já provamos dessa fonte tentadora, nos permitindo a esse perigoso sim;
E infelizmente mesmo assim, a brevidade vem se tornando duradoura!
Somos lacrados e proibidos para tudo a que nos demos;
E bem sabemos dos estragos irreparáveis que advém dessa loucura;
Uma aventura sem o vínculo da ternura foi o que nos prometemos;
Mas em verdade não pudemos nos desatar dessa tortura!
Eu sou teu pão da novidade, o chão de tua outra face e o ar de tuas asas;
Tu és minhas brasas, contraste voraz e encomenda sonhada;
Mediante a porta fechada, tens preferido essas largas estradas;
Minhas viciadas passadas sempre vão procurar tuas fontes vedadas!
De fato não queremos ou não podemos transformar os nossos mundos;
Argumentos profundos, corações inocentes que não podem sofrer;
Era só por prazer, para ser passatempo e não estarmos juntos;
Os adeus foram muitos, como os tantos reencontros a nos contradizer!