NA ESPUMA DOS DIAS…
Vejo a noite surgir
E depois vir
A claridade
Sinto-me Imortal
E ao mesmo tempo falível
Nas minhas duplas veredas
Pela minha interioridade
Na espuma dos dias…
Qual folha perene
Que resiste
(resistirá sempre…)
E que se recusa a seguir o rumo dos tempos
Se recusa a desistir
Talvez porque os caminhos sem fim
Sejam aqueles
Por onde mais gosto de seguir
Ignorando que esse teu amor
Tantas e demasiadas vezes furtivo
É fogo-fátuo
Que ganha outro alento
Quando estás comigo
Chama de cores douradas
Olhos que violam a madrugada
Que se negam a acreditar
Que a noite é mitológica
Mas a noite é o meu amor de sempre
Pois foi na noite
Que calhou descobrir-te
Que calhou te amar
Na espuma dos dias…