NA ESPUMA DOS DIAS…

Vejo a noite surgir

E depois vir

A claridade

Sinto-me Imortal

E ao mesmo tempo falível

Nas minhas duplas veredas

Pela minha interioridade

Na espuma dos dias…

Qual folha perene

Que resiste

(resistirá sempre…)

E que se recusa a seguir o rumo dos tempos

Se recusa a desistir

Talvez porque os caminhos sem fim

Sejam aqueles

Por onde mais gosto de seguir

Ignorando que esse teu amor

Tantas e demasiadas vezes furtivo

É fogo-fátuo

Que ganha outro alento

Quando estás comigo

Chama de cores douradas

Olhos que violam a madrugada

Que se negam a acreditar

Que a noite é mitológica

Mas a noite é o meu amor de sempre

Pois foi na noite

Que calhou descobrir-te

Que calhou te amar

Na espuma dos dias…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 17/02/2009
Código do texto: T1443418
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