Mãe.
As flores de um novo tempo, já nascem despetaladas,
Mas não são tristes de ver, pétalas levadas com o vento, formando caminhos de reis.
Estrelas já nascem apagadas, mas com o propósito de serem cadentes, riscando-fulgindo o céu, carregando desejos dos homens.
De fantasias “ditos-cujos” vivem, apenas para ver o colorido da vida, por menor que seja.
Dos cristais quebrados, pequenos diamantes, da velha caixa dourada o ouro,
Entrelace sombrio de velhos enamorados, há tempos aplacados, laço vermelho, triste-solitário enfeitando os cabelos.
O câncer de hoje, leite e vida, alimentando sonhos.
Do teu seio amor, o calor que carrega pela vida, e dele sobrevivem os filhos,
Doce cantiga de ninar,
Carrego no meu seio, não o câncer que carrega no seu, carrego a certeza de que sou filho, amado, desejado.