SERENATA
SERENATA
É chegada à noite
Insetos ortópteros
Na entrada da sua toca
Da família dos grilídeos
Roçam asas
Atraem sua fêmea
Com canto peculiar!
Os anfíbios sem cauda
De lisa pele
Nos rios e lagos
Emitem variados sons
Diferentes propósitos
Delimitam o seu território
Atraindo o sexo oposto!
É chegada à noite
A ave estrigiforme
Da família dos titonídeos
Dos estrigídeos
Com hábitos crepusculares
E noturnos
Piam...
Apesar de toda timidez
Solitária e discreta
Voa silenciosamente
A coruja
Buscando a sua paixão!
Até o inseto coleóptero
Nesta noite apareceu
Emitindo luzes
Através dos seus órgãos
Bioluminescentes
Localizados na região
Abdominal.
Cores pouco vistosas
Lanterna torácica
Que decoram o voo
De sua namorada!
É chegada à noite
Haverei também de fazer
Minha serenata
Pegarei a viola
E meio que de surpresa
Dedilharei meus poemas
Melodiosa música
Sob a janela da minha amada!
Daniel de Menenzes Costa