BRINCADEIRAS SEM TEMPO

Ah brincadeiras sem tempo,

Desmedidas no jeito

Sob o pretexto de uma lua

Cheia...

Procurando a natureza das coisas

Dos sentidos incontidos

Através de um modo atemporal.

Raros artifícios dormentes,

E assim eternos

Por horas...

Com a resistência codificada

Imantada no corpo

Representada pelos dorsos

Na imobilização voluntária

Na dança frenética

Em desatenção do facto

Sentido e expurgado.

Há algo mais insidioso!

Mais penetrante, ideterminável

Que o breve momento

Quando te guardo num prisma

Sem poder algum sobre o torpor.

Quando me extendo em carisma

Aos limites do corpo, langor.