Tu me chamaste?...
Não sei se foi sonho ou realidade:
Não sei se estava ou não ali...
Mas uma voz conhecida e amada
Chamava por mim em plena madrugada...
Sobressaltada acordei, teu rosto vi!
Eras tu e tua voz quem me chamava...
E eu disse: Estou aqui!...
Tinhas me chamado aquela noite?...
Não sei. Não me atrevi a perguntar,
Só sei que, daquela noite em diante,
Os nossos passos nos vieram aproximar...
O que se pode dizer quando, assim,
Se tem uma afinidade inexplicável?
O que é isso que faz com que os “acasos”
Aproximem-nos assim?...
- Não sei, canta a cotovia!
- “Never more”, o corvo agourento!
A coruja rola sua cabeça, assim,
E pia tristemente desejando um fim...
Há algo estranho nesta noite de verão...
Como estranhos são todos os amores,
Sem explicação...
Só sei que a vida quando dá outra chance,
Não o faz em vão...
Entretanto, pobres e infelizes,
Os que não aprendem sua lição...
A vida é curta e já a temos por metade,
vivida ou sobrevivida em solidão...
Chama-me outra vez, e meus pés ligeiros
irão voando em tua direção...
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Obs.:Há um sentimento místico visível! Não posso deixar de dizer : "Te amo, minha sogra!!" Sê feliz! Eu, que te acompanho há tanto tempo, não só desejo, mas te peço: Sê feliz!!! Tu mereces ser feliz!!
Cláudia Valéria, esposa do Enamuel Antonio