VENDEDOR DE SONHOS
Amor o meu coração
é uma toalha branca
bordada de alegres flores silvestres
meu coração não soletra o doer morrer
meus lábios são dois peregrinos cerejados
sons de estiradas revoadas
põem-se a beijar-te
língua molhada de gozo
árvore lenhada que acende os dias e noites
boca nua revestida de canções celestiais
meu corpo é uma tabula acústica que aleita
o ritmo das palavras açoitadas
plangente colméia que pincela a composição
das herméticas abelhas a produzir mel
vendo sonhos na porta da tua casa
transitei por muitos anos nas veias cósmicas
de Mahatma Ghandi
ouço sempre uma intrusa a pedir-me
a seiva do meu desejo secreto
mas meu coração é de Shirley
moça que pinta telas tais a de Van Gogh!
Amor o meu coração
é uma toalha branca
bordada de alegres flores silvestres
meu coração não soletra o doer morrer
meus lábios são dois peregrinos cerejados
sons de estiradas revoadas
põem-se a beijar-te
língua molhada de gozo
árvore lenhada que acende os dias e noites
boca nua revestida de canções celestiais
meu corpo é uma tabula acústica que aleita
o ritmo das palavras açoitadas
plangente colméia que pincela a composição
das herméticas abelhas a produzir mel
vendo sonhos na porta da tua casa
transitei por muitos anos nas veias cósmicas
de Mahatma Ghandi
ouço sempre uma intrusa a pedir-me
a seiva do meu desejo secreto
mas meu coração é de Shirley
moça que pinta telas tais a de Van Gogh!