VERSOS SEM MÉTRICA

Talvez os anjos não falem

Talvez o mundo se acabe

Talvez minha letras se apaguem

Talvez meu pranto desabe

A sua pessoa é assim

Atrai este poder para mim

E mantenho pacifista os detalhes

De quem te vê sem motivos

Racionais e puros sem mais

Tê-la ao menos um momento somente

É a esperança de um cego demente

Que enxerga só o que quer

Bonita demais. Oh céus

Omito a minha razão

Consegue deixar desregulado

Um jovem poeta encantado

Provar através de seus versos

Numa vontade modesta:

Beijar-te a boca,

de lado ou na testa

E assim poder repassar

um desejo reprimido

Desse excesso contido

Guardado somente pra tí

Sou um besta não nego

Excedo as inspirações

Maltrata e castiga anseios

Provoca-me mil ilusões

O castigo construiu

E na mente permanece

Contínuo ele só cresce

E novamente se estabelece

Numa vontade cretina

Humanista e motivadora

Ela é sempre vindoura

Quando tua imagem renasce

Não sei como livrar-se

Desse sentimento desigual

Meus modos podem se cordiais

Porém meu afeto é imoral

Sou honesto

Singelo modo de agir

Gosto de tua presença

Mesmo que queira partir

Guardo-lhe minha esperança

E modo perante as estrelas

Levo-te na minha riqueza

E até na maior das tristezas

Seria meu dom

e minha rima.

Meus acordes

Sim, possuíram estima!

A Inspiração verdadeira

é sua feição desigual

Motivada numa sereia

De uma época Feudal

Trabalhada por mil dias

Sem domingos de descanso

Deus recrutou milhões de anjos

E assim começou seu trabalho:

Outros mil operários

Velariam tua gestação

E tua mãe com certeza

Não sofreu privação

Da maior benção criada

Sem juízo até então

"uma bela menina!"

Deusa de um Zé bobão

Que escreve sem motivos próprios

Não quer ter razão para tê-los

Sua maior razão já existe

Somente para lê-lo

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 23/04/2006
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T144131
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