VERSOS SEM MÉTRICA
Talvez os anjos não falem
Talvez o mundo se acabe
Talvez minha letras se apaguem
Talvez meu pranto desabe
A sua pessoa é assim
Atrai este poder para mim
E mantenho pacifista os detalhes
De quem te vê sem motivos
Racionais e puros sem mais
Tê-la ao menos um momento somente
É a esperança de um cego demente
Que enxerga só o que quer
Bonita demais. Oh céus
Omito a minha razão
Consegue deixar desregulado
Um jovem poeta encantado
Provar através de seus versos
Numa vontade modesta:
Beijar-te a boca,
de lado ou na testa
E assim poder repassar
um desejo reprimido
Desse excesso contido
Guardado somente pra tí
Sou um besta não nego
Excedo as inspirações
Maltrata e castiga anseios
Provoca-me mil ilusões
O castigo construiu
E na mente permanece
Contínuo ele só cresce
E novamente se estabelece
Numa vontade cretina
Humanista e motivadora
Ela é sempre vindoura
Quando tua imagem renasce
Não sei como livrar-se
Desse sentimento desigual
Meus modos podem se cordiais
Porém meu afeto é imoral
Sou honesto
Singelo modo de agir
Gosto de tua presença
Mesmo que queira partir
Guardo-lhe minha esperança
E modo perante as estrelas
Levo-te na minha riqueza
E até na maior das tristezas
Seria meu dom
e minha rima.
Meus acordes
Sim, possuíram estima!
A Inspiração verdadeira
é sua feição desigual
Motivada numa sereia
De uma época Feudal
Trabalhada por mil dias
Sem domingos de descanso
Deus recrutou milhões de anjos
E assim começou seu trabalho:
Outros mil operários
Velariam tua gestação
E tua mãe com certeza
Não sofreu privação
Da maior benção criada
Sem juízo até então
"uma bela menina!"
Deusa de um Zé bobão
Que escreve sem motivos próprios
Não quer ter razão para tê-los
Sua maior razão já existe
Somente para lê-lo