Da tua pureza que me falta
Calma, que a alma a chuva abranda,
Faz do desespero resignação;
E dos sentimentos, razão;
E do choro uma falsa risada.
Nas memórias te vejo alva,
Uma silhueta no meu destino;
Ai, que te busco, em desatino,
E não te acho a mão que salva.
Mas releio palavras esquecidas,
Revejo lembranças sem um abraço:
Fotos, sons, músicas no teu compasso.
Amor, amor, amor, amor... feridas.
Canta em mi, canta, canta em mim
E me ensina na tua partitura
Como cantar de novo na altura
Do teu corpo me dizendo sim.