Na Beira de um Rio

Não leve a mal meu coração,

Ele já errou muito e sabe assumir seus atos

Pois nem sempre em minha qualidade de homem

Consigo dizer a verdade e encarar, com peito forte, tais fatos.

Sei que a precipitação só piorou o andar da carruagem

Mas como um sheik em seu eterno deserto,

Distinguirá um oásis de uma brilhante miragem?

Nao imagino como foi e não sei o que fui em ti...

Por lembrar de tudo isso

Nunca vou me esquecer do tal pôr-do-sol

Pois o verdadeiro valor está no saber amar as pequenas coisas.

E por falar de amor - ele é muito simples -

Está em palavras, em trocas de carinhos e olhares.

Saiba que em toda minha virtuose poética

Fostes os tijolinhos de minha inspiração

Mesmo sem saber ou acreditar

Gosto de lembrar, pois recordar também é viver.

Bem me lembro do roçar de narizes

Pela digressão dos beijos

E os abraços pela junção de energias e a promessa

[de sermos felizes.

Perguntarás também o porquê

Da super valorização de nosso passeio,

Mire-se para as estrelas que lá estavam!

Pois receio que não fizeste tal observação...

Sabe lá quando Deus desenha um mundo?

Eu sei.

Mas sinto que a vida reserva algo e o que é

Por vez não sei dizer

Então, se quiseres saber

Indague as estrelas abandonadas

Que deixaste chorando sozinhas

Na beira de um rio...

Paulinho Parada
Enviado por Paulinho Parada em 15/02/2009
Reeditado em 25/02/2009
Código do texto: T1440503