Na Beira de um Rio
Não leve a mal meu coração,
Ele já errou muito e sabe assumir seus atos
Pois nem sempre em minha qualidade de homem
Consigo dizer a verdade e encarar, com peito forte, tais fatos.
Sei que a precipitação só piorou o andar da carruagem
Mas como um sheik em seu eterno deserto,
Distinguirá um oásis de uma brilhante miragem?
Nao imagino como foi e não sei o que fui em ti...
Por lembrar de tudo isso
Nunca vou me esquecer do tal pôr-do-sol
Pois o verdadeiro valor está no saber amar as pequenas coisas.
E por falar de amor - ele é muito simples -
Está em palavras, em trocas de carinhos e olhares.
Saiba que em toda minha virtuose poética
Fostes os tijolinhos de minha inspiração
Mesmo sem saber ou acreditar
Gosto de lembrar, pois recordar também é viver.
Bem me lembro do roçar de narizes
Pela digressão dos beijos
E os abraços pela junção de energias e a promessa
[de sermos felizes.
Perguntarás também o porquê
Da super valorização de nosso passeio,
Mire-se para as estrelas que lá estavam!
Pois receio que não fizeste tal observação...
Sabe lá quando Deus desenha um mundo?
Eu sei.
Mas sinto que a vida reserva algo e o que é
Por vez não sei dizer
Então, se quiseres saber
Indague as estrelas abandonadas
Que deixaste chorando sozinhas
Na beira de um rio...