Imagens da imaginação

Imaginei bosques com cervos

Cheios de sombras branco de alfenim

Um sonhar puro, onde o sol traspassa a tarde por mim

As eras formando cobertas, disfarçando angustia

Olhos maquinalmente curvando-se sobre restolhos

O vento sorvendo os sóis andantes, navegantes

Nas ondas em debrum azul, ondulando-se

Nas vagas crispastes, cintilantes

Um abrigo agitando na relva

Aconchegando um vinho rubro de centelhas

O espaço côncavo descortinando o poente

Sombreando a tarde pálida, carente de amor,

Sem o retorno convertido de lírios

No fim... minha janela sorrindo da loucura

Sonolenta, dos poemas engavetados de tormentos