Amar é Versar! É Voar...
Solto ao vento os meus versos
Com porto certo para atracá-los
Procuro no silêncio esmiuçá-los
Quero no céu, na terra e nas areias
Compor algo que tenha sentido e valor
Para ganhar às ruas sem temor ou dor
E às vezes... Basta um olhar inspirador
Que vem lá do mar, oceano ou só luar
Prados, montanhas e vales sabem inspirar
Dos rios, córregos e tempestades bravias
E aí esses versos voam como aves vadias
Ao encontro do amor onde quer que esteja
Assoprados por uma intensa brisa ou bruma
Ou apenas no murmúrio ou sussurro vagabundo
E faço, e escrevo como um náufrago exausto
Em letras débeis, fortes, na raça!
No megafone ou galopo de um pônei
O que me importa é que vá e console
Não esconda... Dedilhe alguma canção numa viola
Viaje enrolado num papel de uma sacola
Repouse n’alma como uma esmola ou escola
E abra na tua boca o mais belo e franco riso
E estampe ou estanque a tua lágrima na fonte
Mas que acima de tudo... Acalme a mente
Seja recebido por ti com suave ternura
Encontre no teu colo macio a doçura
E faça em teus cabelos uma carícia
Engravide de bondade o teu olhar
E na profundidade dos teus olhos...
Encontre a verdade e a paz
Assim conseguirei e serei um poeta feliz!
Hildebrando Menezes