TRILOGIA DO AMOR ATEMPORAL - PARTE 03
"SERÍAMOS"
Perfeição de enlevos dentre o manto dos desejos e das consolidações;
Mural das venturosas elevações, cultura do ardor infindo;
Ternura de puro céu se esculpindo, acorde em ode de venerações;
Prosa e verso sem improvisações, rastros férteis interagindo!
Homem serviçal que expulsa de si mesmo todo tímido entalo;
Um coração vassalo, ajardinando teus cabelos de cipreste;
Que teu anelo ame e teu pudor deteste, tremor que não presume abalo;
Seríamos o fim fugindo pelo ralo, o eterno reflorir celeste!
No que te estribas louca sina que pranteia o insucesso;
Cegos passos te conduzem ao retrocesso, te apartas da aquarela que serias;
Camada universal de euforias, floral aroma na extensão do amor disperso;
Seria o sublime com excesso, o futuro submerso por esse grande amor que lhe cobriria!
"O amor que nunca veio: doce querer que amarga no vazio do agora" (Reinaldo Ribeiro)