Espelho, espelho meu...
Põe-te diante do teu espelho com o teu espírito desnudo.
E contempla detidamente o brilho do teu olhar.
Enquanto examinas a formosura da tua face com profundidade.
E como te derramas num sorriso indelével de felicidade.
Quando sem fechar os olhos vês na imagem de fundo,
Eu te tocar com um abraço envolvente.
Que recebes com um longo suspiro.
Falseando uma resistência ao carinho latente.
Consentindo, contudo, o meu beijocar no teu pescoço.
E as minhas narinas sorvendo cada gota do suor do teu perfume.
E os meus lábios galgando até aos teus ouvidos.
Com palavras penetrantes que invadem o teu âmago.
E buscam alcançar sem frenesi a tua boca.
Para tragar, num beijo cálido, a tua alma.
E tornar-te minha com volúpia não pouca.
Até por fim sucumbires ao meu desejo.
Enquanto me faço objeto da tua cobiça.
Não somos mais nem eu nem você.
Somos dois corpos ardentes num mesmo ser.
Em movimentos cadenciados até o ápice do prazer.
Por que então suplicas como que encurralada pela dor?
O que sentes por mim se não é amor?
Por que dizes?
“Conta pra mim: (por que?)
Toda vez que leio algo escrito por ti
Tenho vontade de sorrir.
Conta pra mim: (por quê?)
Que mesmo na minha tristeza,
Só consigo pensar em ti:
A dor fica menos doída.
A cicatriz não demora a sarar.
Meu coração aguarda ansioso um recado teu.
E quando a demora se estende,
Um minuto se torna como séculos sem fim.”
Eu então te respondo:
Porque és o meu lado mais bonito, o meu lado mais divertido.
Porque é o meu “olhar doce” que te abre o sorriso.
E é a minha palavra branda que te toca o coração.
E abre-te uma janela pra ver além das estrelas.
Ou simplesmente porque eu sou:
Alguém que em ti desperta o desejo de sorrir.
Alguém faz do amor o bálsamo que sara a tua ferida.
Alguém que só quer que a tua dor seja menos dorida.
Se é sofrida, portanto, a minha ausência.
Não te apartes nunca do lugar de sempre.
Pois lá haverá constantemente um recado meu.
E jamais te aflijas com a demora.
Porque a saudade que me bate a toda hora.
Há de trazer-me a cada minuto tua lembrança a mim.
Pois o amor que por ti tenho durará por séculos... séculos sem fim.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.
Põe-te diante do teu espelho com o teu espírito desnudo.
E contempla detidamente o brilho do teu olhar.
Enquanto examinas a formosura da tua face com profundidade.
E como te derramas num sorriso indelével de felicidade.
Quando sem fechar os olhos vês na imagem de fundo,
Eu te tocar com um abraço envolvente.
Que recebes com um longo suspiro.
Falseando uma resistência ao carinho latente.
Consentindo, contudo, o meu beijocar no teu pescoço.
E as minhas narinas sorvendo cada gota do suor do teu perfume.
E os meus lábios galgando até aos teus ouvidos.
Com palavras penetrantes que invadem o teu âmago.
E buscam alcançar sem frenesi a tua boca.
Para tragar, num beijo cálido, a tua alma.
E tornar-te minha com volúpia não pouca.
Até por fim sucumbires ao meu desejo.
Enquanto me faço objeto da tua cobiça.
Não somos mais nem eu nem você.
Somos dois corpos ardentes num mesmo ser.
Em movimentos cadenciados até o ápice do prazer.
Por que então suplicas como que encurralada pela dor?
O que sentes por mim se não é amor?
Por que dizes?
“Conta pra mim: (por que?)
Toda vez que leio algo escrito por ti
Tenho vontade de sorrir.
Conta pra mim: (por quê?)
Que mesmo na minha tristeza,
Só consigo pensar em ti:
A dor fica menos doída.
A cicatriz não demora a sarar.
Meu coração aguarda ansioso um recado teu.
E quando a demora se estende,
Um minuto se torna como séculos sem fim.”
Eu então te respondo:
Porque és o meu lado mais bonito, o meu lado mais divertido.
Porque é o meu “olhar doce” que te abre o sorriso.
E é a minha palavra branda que te toca o coração.
E abre-te uma janela pra ver além das estrelas.
Ou simplesmente porque eu sou:
Alguém que em ti desperta o desejo de sorrir.
Alguém faz do amor o bálsamo que sara a tua ferida.
Alguém que só quer que a tua dor seja menos dorida.
Se é sofrida, portanto, a minha ausência.
Não te apartes nunca do lugar de sempre.
Pois lá haverá constantemente um recado meu.
E jamais te aflijas com a demora.
Porque a saudade que me bate a toda hora.
Há de trazer-me a cada minuto tua lembrança a mim.
Pois o amor que por ti tenho durará por séculos... séculos sem fim.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.