Hoje a saudade amanheceu comigo
morna e intermitente...
E tu, não sentes?
Onde estás além de mim?
Quanto de mim
ainda resta em ti?
Te lembras de como o silêncio falava por nós?
Te estremecias com meu olhar
eu te desconcertavas, te instigavas
Te inquiria...tu não querias, rias!
Nosso beijo guloso e atrevido
Tão cheio de urgência
querência, ardência...
E agora? Paciência!
Os passantes assistiam, sorriam , partiam
E nós ali, radiantes!
De mãos dadas, corremos com pressa de amar
acarinhar, festejar!
Meus dedos entrelaçados em seus cabelos
e num instante nossos corpos enredados.
não negando meus apelos...
Tu te lembras? Não me digas que te esquecestes de mim!
(dor sem fim)
Onde estás além de mim?
Quanto de mim
ainda resta em ti?
Escutas meu lamento rouco
E saibas que um dia foi pouco:
quero outro!
(Maria Fernandes Shu - 14 de fevereiro de 2009)