A NOITE DO NOSSO AMOR
E finalmente despontou a pretendida noite de nós dois;
Por quem a minha ânsia prontamente se dispôs na indução do ritual;
Sem projeção ou princípio causal, integralmente se expôs;
Para cumprir o que o imaginário propôs e se perder num santuário sensual!
Por isso essa telepatia faz orgia pelos jatos do chuveiro;
E hidrata meu desnudo corpo inteiro, tal como me fará tua audácia;
E o aroma de formosa acácia vem me achar pelo teu cheiro;
E quando saio do chuveiro, sob a toalha me imagino qual teu fruto em taça!
Um traje requintado e o perfume que há de sequestrar o teu olfato;
No brilho do sapato o vaticínio das passadas que logo mais te acharão;
Um toque nos cabelos com a mão e a imaginação de tê-los assanhados;
E saio deslumbrado para encontrar a forma física da perfeição!
Te vendo impecável eu mal equilibrei o belo cristal com fino vinho;
E tua face aveludada feito linho toquei num beijo quente de lareira;
Horas de alegria verdadeira que culminaram sobre o leito do fascínio;
E fizemos um amor exímio no eterno prolongar de nossa noite inteira!