A NOITE DO NOSSO AMOR

E finalmente despontou a pretendida noite de nós dois;

Por quem a minha ânsia prontamente se dispôs na indução do ritual;

Sem projeção ou princípio causal, integralmente se expôs;

Para cumprir o que o imaginário propôs e se perder num santuário sensual!

Por isso essa telepatia faz orgia pelos jatos do chuveiro;

E hidrata meu desnudo corpo inteiro, tal como me fará tua audácia;

E o aroma de formosa acácia vem me achar pelo teu cheiro;

E quando saio do chuveiro, sob a toalha me imagino qual teu fruto em taça!

Um traje requintado e o perfume que há de sequestrar o teu olfato;

No brilho do sapato o vaticínio das passadas que logo mais te acharão;

Um toque nos cabelos com a mão e a imaginação de tê-los assanhados;

E saio deslumbrado para encontrar a forma física da perfeição!

Te vendo impecável eu mal equilibrei o belo cristal com fino vinho;

E tua face aveludada feito linho toquei num beijo quente de lareira;

Horas de alegria verdadeira que culminaram sobre o leito do fascínio;

E fizemos um amor exímio no eterno prolongar de nossa noite inteira!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/02/2009
Código do texto: T1437502
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