Sempre
Sempre que te quero brisa
Surges como ventania
Sempre que te quero bruma
Tornas-te cerração
Sempre que te quero perto
É quando te distancias
Sempre que te quero longe
Cá estás, no coração.
Sempre que te quero brando
O calor que irradias
Derrete as calotas de gelo
Que ergo todos os dias.
Sempre que quero chuva
Tornas-te tempestade
E levas contigo as marcas
Desta imensa saudade.
Sempre que construo muralhas
Tu as derrubas, me vences.
Sempre que te quero meu
É a outra que pertences.