O teu beijo...
O teu beijo terno, doce, carinhoso,
Unindo a paixão ao nosso amor,
Transportou-me ao cume das montanhas
Onde, felizes, voamos qual condor!...
O céu é nosso! Nossas as estrelas!!
Teus olhos me guiam no caminho...
A imensidão do céu é o nosso lar
E nosso amor vence a todo o espinho...
“Quem pode parar as nuvens”
“Que se movem pelo céu?”
“Quem pode parar os rios”
“Que vão seu rumo ao léu”?*
Quem tem amor infinito,
Nada desvia seu curso...
Não há nada que separe
Do Amor o seu percurso...
Eu viverei dos sonhos que me deste,
Eu viverei dos teus beijos as lembranças...
- Mas eu quero teus beijos novamente!
Chegou à hora da Paz e da bonança...
- Eu quero um beijo infinito...
Que aplaque meu desejo e sacie o coração!...
Quero a presença do sempre bem-amado
A falar-me doce, qual canção...
Quero dias e noites de ternura,
Quero a presença que me traz tão doce paz...
Mas contento-me em ter esta ventura
Uma vez ou outra... E acalentar
O sabor da espera de tuas vindas...
E despedir-me com um doce sussurrar
De palavras de amor sempre provindas
Do mais puro, verdadeiro (e)terno amar...
Eu ficarei à tua espera sorridente...
E te receberei com beijos e loucuras
Feitas do amor guardado, eternamente,
E que afastou as noites mais escuras...
- Vem, despeçamo-nos agora,
Porque breve já vem a luz do dia...
... Mas mesmo quando vais embora
Fica em mim a noite fugidia...
Noites dos que se amam para sempre...
Dias dos que sempre se amarão...
“Vai! Já canta a cotovia...”**
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*Tradução livre de parte da música “Dio, come ti amo...”
**Trecho de um dos diálogos de Romeu e Julieta, de William Shakespeare.