A ESTRELA ADORMECIDA

Está rendida sobre mim a mais sublime dentre todas as estrelas adormecidas;

Contemplo a sincronia de suas medidas, desliza em suas curvas o meu olhar;

Na maciez de seus cabelos meu devaneio está, vejo um pomar nas suas formas estendidas;

Nem mesmo uma centena de eras vividas eu trocaria por um segundo desse show espetacular!

Ela adormece extenuada e recostada ao peito desse mortal tão privilegiado;

Que a retirou de um céu completamente estrelado, e agora se alimenta de seu brilho;

No seu repouso tão tranquilo há dois olhares protetores de um homem deslumbrado;

Que lhe abraça com afeto acalorado, que afasta com seus beijos o assédio do frio!

Tocando em ritmos de carícias, sinto a verdade nascedoura do que seja a poesia;

E a presumir entendo que seria essa fartura de sedução que não se mede;

A minha mão me pede pra conhecer esse pomar com fome em demasia;

Tal como a noite que virou dia e que meu corpo novamente me pede!

Uma divina partícula de imensa sublimidade trouxe alegria à minha cama;

Floriu a minha madrugada com sua chama, brindou seu êxtase no meu viver;

Sinto que é dela todo meu ser, sinto que é amor tanto fascínio que se inflama;

Dorme minha estrela-dama, e eu lhe contemplo arrebatado de prazer!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 11/02/2009
Código do texto: T1433513
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.