AMORES, AMORES, AI AMORES…

O teu coração está demasiadas vezes despedaçado

Se calhar

Porque o ócio é teu senhor

E só olhas a vida

Com alguém a teu lado

Mesmo que seja aquela pessoa

Que te vende flores na rua

Aquela vendedora

Que foi simpática por conveniência

E por conveniência afectiva

Tu julgas

Que ela tem que ser Tua

Tal como os amores virtuais

Na grande teia universal

Trocas as palavras de amizade

Por outras de amor

Porque achas que o amor

É para ti

Demasiado vital

Ignorando

Por comodismo

Que o amor

É uma construção

Que há que aprender a geri-lo

Sustendo por vezes

Essa emoção

Que te leva

A figuras quixotescas

De lutar contra moinhos

Só existentes na tua imaginação

Cego…

Completamente cego

Tanto que não vês

Que esse Amor

Pode estar mais próximo do que supões

Só não aparecendo

Porque no veiculo da vida

Não lhe cedeste o teu lugar

A tua vez…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 10/02/2009
Código do texto: T1431797
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