AMORES, AMORES, AI AMORES…
O teu coração está demasiadas vezes despedaçado
Se calhar
Porque o ócio é teu senhor
E só olhas a vida
Com alguém a teu lado
Mesmo que seja aquela pessoa
Que te vende flores na rua
Aquela vendedora
Que foi simpática por conveniência
E por conveniência afectiva
Tu julgas
Que ela tem que ser Tua
Tal como os amores virtuais
Na grande teia universal
Trocas as palavras de amizade
Por outras de amor
Porque achas que o amor
É para ti
Demasiado vital
Ignorando
Por comodismo
Que o amor
É uma construção
Que há que aprender a geri-lo
Sustendo por vezes
Essa emoção
Que te leva
A figuras quixotescas
De lutar contra moinhos
Só existentes na tua imaginação
Cego…
Completamente cego
Tanto que não vês
Que esse Amor
Pode estar mais próximo do que supões
Só não aparecendo
Porque no veiculo da vida
Não lhe cedeste o teu lugar
A tua vez…