Amor de Sadraque

Pela casa carente de amor jazia,
Noite e dia a solidão o torturava,
E de tão carente até o que não via amava .

A água na bica continuamente corria,
O lavrador lamentava por não ter sido
A surpresa a mais agradável do dia.

A chuva não caíra, o sol não aparecera
A planta de tédio morrera; o sonho não tornara real,
A emoção era besteira diante da mais valia.

De repente a chuva desabava e um botão em flor
Se abria qual a tranqüilidade que sonhava.
E o artesão mesmo carente sorria
Porque no céu havia um anjo que o amava.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 10/02/2009
Reeditado em 10/02/2009
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