Deitados depois de um dia de sol

Deitados depois de um dia de sol

Eu visto a alma que melhor me serve

Assim me vejo em outro retrato

Totalmente à margem do que vivo

Queimando uma praxe temida ao vácuo

Que desseca a vida no contorcer de lágrimas

E a noite aqui nos leva depois da meia noite

Sendo que o dia nem chega mais tarde

Suas mãos permanecem em minhas

E pequenas roupas suas

Continuam jogadas em cima de meus sapatos

E o que não posso eu deixo pra lua

Até o segredo do instante de ser mais minha

Com isso o medo se faz nascer guardado

A beira de um mar calado e febril

Bebendo seus pés com sede de bocas frias

Te observando a sonhar dormindo nua.

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Leonardo Lopes

Leo Lopes
Enviado por Leo Lopes em 10/02/2009
Código do texto: T1431074
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