Deitados depois de um dia de sol
Deitados depois de um dia de sol
Eu visto a alma que melhor me serve
Assim me vejo em outro retrato
Totalmente à margem do que vivo
Queimando uma praxe temida ao vácuo
Que desseca a vida no contorcer de lágrimas
E a noite aqui nos leva depois da meia noite
Sendo que o dia nem chega mais tarde
Suas mãos permanecem em minhas
E pequenas roupas suas
Continuam jogadas em cima de meus sapatos
E o que não posso eu deixo pra lua
Até o segredo do instante de ser mais minha
Com isso o medo se faz nascer guardado
A beira de um mar calado e febril
Bebendo seus pés com sede de bocas frias
Te observando a sonhar dormindo nua.
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Leonardo Lopes