O poeta da donzela
Ao
Pé
Do
Ouvido
Eu canto a moça
De um sorriso desvairado
De beijos lavo a boca
Eu, um ímpeto menino.
Ao
Pé
Da
Porta
A canção do cancioneiro livre
Que arrebata o intimo vestido
Cansaço que me deixa triste
Fecha a porta e o menino libido.
Ao
Pé
Dá
Loucura
Eu me deito de postura
Feito um general de pasargata.
A donzela se mata pura
O poeta é seresteiro, versista.
Ao
Pé
Do
Corpo
Ela encarna a beleza
Ele se revela num tom poético
Na beleza brotou a flor do deserto
De nome Tereza
Ao
Pé
Da
Folha
Eu recordo como passarada
Política era meu sexo
Gozava e desfrutava do protesto
No amor saí, na primeira entrada.
Ao
Pé
Do
Nada
Eu construo um castelo
De mais pura beleza
Ao
Pé
Do
Tempo
Eu retorno o passado
De mais pura Tereza.