CHOVE...
Meu Amor
Chove…
E onde estás Tu?
Que te perdi no meio dessas lágrimas
A que chamaram Chuva
Na altura certa
Do momento errado
Em que julguei
Que a minha alma
Seria por fim Tua…
Chove…
E eu ando de carro
Parando para escrever
Procurando
Os locais
Onde te costumava ver
Chove…
No momento
Em que recordo
Tempos de sol
Onde por hábito
Sazonalmente
Eu por Ti me apaixonava
No crepúsculo dos dias belos
Em que sem Ti
Me sentia pouco mais do que nada…
No entanto
Agora
Que nada do nada resta
Sinto-me acompanhado
Embora esteja sozinho
Nessa dicotomia amorosa
De mesmo no vazio afectivo
De alguma forma
Te sinto comigo
Chove…