Hibernar ao verão
Árvore que balança ao vento
Apenas um galho fraco
Sem folhas
Mas com todo amor para viver
O amor nunca seca
Petrifica com a seiva líquida
Sobrevive de sonos em sonhos
Ou de pequenos gotejar.
O amor troca de roupa
Esquece de lavar e passar
Fica estendido no varal
Tal pregador enferrujado.
O amor se entrega
Vai sempre de hora certa
Toma táxi e nem espera
Nunca chega atrasado.
O amor não se vai
Espelhos não deixam de refletir
Apenas colecionam imagens
Que não mais podem sair.
O amor é galho repartido
Sofre enxerto a todo tempo
Vento, chuva, horizonte distante,
Enrolado em vida suga-se um ao outro.
O amor é isso
amar você
Sempre que posso
Mesmo que seja
A todo instante.