morena a ponto de

ô morena, ô morena

pintou o cabelo de louro

só pra que eu morra de pena;

de pena de saber, morena,

que quando dobrares a esquina

e abrir o sinal pra eu passar,

de ti nunca mais saberei

nem nunca terei o olhar,

pois não me olharias, morena,

nem que eu conseguisse usar

a minha voz tão pequena

pro teu nome pronunciar

restou da imagem o vestido,

restou do perfil a imagem,

restou da mulher o perfil,

restei eu que sou infantil

a ponto de poder achar

que tu estivesses comigo

a ponto de se preocupar...

Rio, 06/02/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 08/02/2009
Reeditado em 15/02/2009
Código do texto: T1428833
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