Nas veredas do amor
Chuva fina desliza entre as vidraças, respingos de saudade no ar, mesclado de nostalgia, pura magia navegando em resquícios de lembranças, retratos emoldurados, bilhete selado, baú de recordações, sentimentos afloram, nas veredas do amor.
Fendas profundas nos separam caminhos traçados pelo destino incerto, longas distâncias, infinito mar das ilusões ao longe...
Aflora em botões de rosas a desabrochar, na quietude de uma noite escura, seiva quente escorre deliberadamente de minhas entranhas, fragrância doce espargir pelo ar.
Águas cristalinas brotam das pedras, feito coração que ama, derrama sobre o solo, gotículas de paixão, avivando o brilho no olhar, mente aberta, livre para voar, nas veredas do amor, pouso tranqüilo no aconchego do entrelaçar dos corpos, no afagar suave das mãos, no encontro de lábios a vagar, percorrendo a sintonia do vento, cobrindo de carinhos.
Escrito
21.04.2006
Por Águida Hettwer