Talvez

Talvez nem mesmo o vento,

Presente naquele presente momento

Saiba explicar este sentimento:

Ardente como cada beijo;

Fulminante como cada suspiro;

Penetrante como cada olhar.

Talvez a mente surtada

Queira mentir, na ânsia de acrescentar

Às lembranças, tudo aquilo não vivido

Pois as circunstâncias não permitiram viver.

Talvez as lembranças,

curta metragem espectral,

Alimente meu coração com

Doses enormes de saudade.

Talvez a saudade,

Que aperta o peito, possa dizer,

Com um leve desespero

Que tal sentimento ultrapassa

As linhas da paixão.

Talvez a paixão, embebida

Em meu forte desejo,

Veja que, em um futuro bem próximo,

Voltaremos a nos ver.

E talvez um dia eu acorde

Gritando teu nome

Tu responderás

Eu me calarei e, logo em seguida

Tu irás sorrir e dirás:

“Estou ao teu lado, meu amor.“

E com estas palavras,

A noite se transformará em dia

Contemplarei teu corpo e, logo em seguida,

Voltaremos a nos amar.

Luiz Felippe de Oliveira
Enviado por Luiz Felippe de Oliveira em 08/02/2009
Reeditado em 09/03/2009
Código do texto: T1427782
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