Topas... Gata?!
Ela sabe ler o coração do poeta
Que ele não se aquieta e desperta
Quando o dela ali se inquieta
Ela não bobeia e se manifesta
Coloca e dialoga com os poréns
Do tipo... Não vem que não tem
Mostra a ele as suas frestas
Por onde derrama e penetra
Os raios de sua luz que seduz
Acha que o seu ‘talvez’
Possa levá-lo outra vez
E vai ver é até sensatez
Porque o poeta se derrama
Chora, versa e declama
Sua paixão viril e insana
Aposta no seu querer
Mas ela teme o sofrer
Bobinha... Não sabe...
Que o amor é assim
Age se for pra valer
Entra na pele pra doer
Tem que correr o risco
Pra ser feliz eu arrisco
Vai voltar com seu riso?!
Quero de novo o abraço
Para vencer o cansaço
Quero você no pedaço
Seu beijo, o cheiro, o enrosco
Estar pendurado no teu pescoço
No teu colo aconchegado
No teu peito embriagado
Quer ser a minha namorada?
Deixa de ser orgulhosa e levada
Gata sensual, dengosa e danada
Não percebes que estou apaixonado?
Estou indo aí agora miar no teu telhado...
Hildebrando Menezes