Topas... Gata?!

Ela sabe ler o coração do poeta

Que ele não se aquieta e desperta

Quando o dela ali se inquieta

Ela não bobeia e se manifesta

Coloca e dialoga com os poréns

Do tipo... Não vem que não tem

Mostra a ele as suas frestas

Por onde derrama e penetra

Os raios de sua luz que seduz

Acha que o seu ‘talvez’

Possa levá-lo outra vez

E vai ver é até sensatez

Porque o poeta se derrama

Chora, versa e declama

Sua paixão viril e insana

Aposta no seu querer

Mas ela teme o sofrer

Bobinha... Não sabe...

Que o amor é assim

Age se for pra valer

Entra na pele pra doer

Tem que correr o risco

Pra ser feliz eu arrisco

Vai voltar com seu riso?!

Quero de novo o abraço

Para vencer o cansaço

Quero você no pedaço

Seu beijo, o cheiro, o enrosco

Estar pendurado no teu pescoço

No teu colo aconchegado

No teu peito embriagado

Quer ser a minha namorada?

Deixa de ser orgulhosa e levada

Gata sensual, dengosa e danada

Não percebes que estou apaixonado?

Estou indo aí agora miar no teu telhado...

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 07/02/2009
Código do texto: T1427081