Solfejos de Si

Explicação:

Antes de ser chamada Ceci, ela era simplesmente Si e eu Leo.

escrito em 12jan07

Solfejos de Si

1

Melódicas frases ressoam em meu peito,

Que de qualquer jeito quer viver e nascer.

Tantas glórias e conquistas a vencer

Chamam-me para desfrutar e trabalhar!

2

Meu nome é ação, é paixão!

Que quer alavancar, impulsionar!

Dar alegrias mil em gestos de amor,

Esculpir em toques de carinho: uma flor,

Na pele, na forma, no perfume e na cor.

3

Seres que pertencem ao meu tom

Tocam, clamam, cantam em agonia,

Da expectativa desta sinfonia

Que ensaia os acordes. A melodia.

4

Preparam as togas, os capuzes,

Escolhem as notas e as cores das luzes

Moldam adentro o melhor de si

Arriscam solfejos em si

5

Já correram os dedos nas notas;

Já espiaram pelas janelas e portas;

Já ouviram o dó, o ré, o mi!

Já ousaram o querer-me!

6

Escutaram bem o fá,

Já fizeram brilhar o sol,

Já me amaram de lá

Preparam o grande crisol.

7

E arriscam os solfejos de si.

Insistem e não desistem.

Apenas é o que querem

São os solfejos de si.

8

Ah, se esses seres fossem eles

Mas não os são.

Eles são formas,

Que de qualquer forma

9

São muitos numa só.

São feitos de sentimento

Harmonizado num monumento,

Numa pessoa só.

10

Que ilumina

Como menina e mulher

Uma grande essência.

Que sabe o que quer.

11

Vida, muita vida pra vibrar.

Notas, muitas notas pra tocar.

Cada sueño simples de viver

De imaginar, de ver.

12

São como as cordas da harpa feliz.

Que singelas e juntas com seus vãos...

Como eu (ou ela) sempre quis,

Tocam as doces canções...

13

Que enobrecem a alma,

Preenchem o agora

De silêncio e calma,

Que param a hora.

14

No inconcebível eterno

Do momento presente.

De um olhar terno

Doce e ardente.

15

Nesta sinfonia sem igual

Onde a força dual

Que vibra nas paralelas,

Notas coloridas e belas,

16

Pedimos a Mãe, ao Pai:

Que no infinito agora,

Sem ter que provocar o ai

Já sentido outrora

17

Possamos por apenas uma hora,

De um eterno e infinito agora,

Deixarmos que nossas vidas paralelas,

De horas sofridas e outras belas,

18

Pudessem no tempo paralisar,

Num instante de permissão.

E enfim poderem se cruzar

Dentro do aconchego de nosso coração.

19

Eterna morada,

Onde meu Ser se realiza,

Tão esperada,

Mas como uma brisa

20

Chega suave, me acaricia

Mostra seus aposentos,

Seu perfume me delicia,

Mostra seus talentos,

21

Mas no agora que parecia

Infinito, deixa de ser bonito

E diz que tem que ir embora.

22

E volta a agonia,

De estar de fora,

Do seu aconchego,

De seu charme, de seu chamego ...

23

Eram só os solfejos

Dos desejos?

De tocar a nota si?

De poder tocar, que é amar,

24

Os solfejos, que se expressam em beijos,

Da nota Si, a mais bela, a de melhor som,

A do mais puro tom,

A amiga, a prometida, a namorada perdida,

25

A doce esperança, de uma criança,

Que esperou no eterno agora,

Revezando em seu coração,

Amores e desamores em vão,

26

Amor escondido atrás do esquecimento,

Paixão preservada no firmamento,

Carinho guardado e preservado,

Amor inocente e puro,

27

Que se guardou para o futuro

Para uma mulher-menina, que jamais esqueci:

Ela tem o seu nome. É você mesma

A mais bela nota, a Si.